Vestido branco, véu e buquê: a história das tradições de casamento

Vestido branco, véu e buquê: a história das tradições de casamento

Por Danieli Costa

Você já se perguntou de onde surgiram as tradições do casamento? O porquê do vestido branco, do véu, do buquê de flores, entre outras tradições? Hoje vou te contar todos os detalhes!

Sabemos que o casamento é algo bem antigo e, no começo, era utilizado para estabelecer alianças políticas e econômicas – fortalecendo o domínio de algumas famílias e grupos.  

Mas então por que tantas tradições? Aqui vou te explicar algumas delas. 

Ao contrário do que muitos pensam, o vestido branco virou moda por conta da rainha Vitória, no seu casamento com o príncipe Albert em 1840.

A Realeza não quis se casar com as vestes reais optando por usar um vestido branco – que gerou aquele bafafá no mundo todo!

Antes disso, a escolha do vestido consistia em simplesmente escolher a melhor peça que a noiva possuía, independente da cor.

Inclusive, na China e na Índia a cor mais comum para o evento é o vermelho. Chocada? Nós também ficamos! 

Ok, esse eu acredito que vá te surpreender. 

Na idade média, o buquê de flores era usado para disfarçar o odor da noiva, já que naquela época a higiene pessoal era precária.

O buquê era feito com flores, ervas e especiarias aromáticas para disfarçar o cheiro!

Além disso, existia a crença de que essas mistura de flores, especiarias e ervas, poderia afastar o mau olhado, trazendo mais sorte a união do casal!

Esse costume vem lá do tempo dos casamentos arranjados, sabe? Os casais eram montados pelos pais, sem a possibilidade de escolher sua parceira(o), resumindo o casamento à um acordo comercial.

Então para não ter risco de o noivo não gostar da noiva e desistir do casamento, a noiva entrava de véu na igreja, cobrindo todo o rosto e só tirava o véu quando o casamento tinha sido finalizado, não tendo a possibilidade de voltar atrás.

E daqui também que surgiu a tradição de “não ver a noiva antes do casamento” que com o passar do tempo foi mudando para “não ver a noiva com o vestido de casamento” para não atrair má sorte.

Aqui tem uma relação direta com o véu. Como o véu era feito de tecidos geralmente bem espessos, a noiva não conseguia enxergar direito, então o seu pai a acompanhava até o seu noivo para evitar acidentes.

Além disso, existia o simbolismo do cumprimento do “acordo comercial” da família da noiva com a família do noivo. 

Esse tipo de comemoração começou lá na Grécia antiga, mais especificamente em Esparta. Os espartanos realizavam banquetes para homenagear o noivo e para aproveitarem e celebrar os “últimos momentos de liberdade” antes do casamento. Era uma celebração exclusivamente masculina. 

Com o tempo, isso foi mudando. Hoje em dia, a despedida virou mais sobre celebrar do que “escapar”. É um momento pra curtir com os amigos mais próximos, agradecer por quem fez parte da caminhada e se divertir do seu jeito. 

Tem gente que viaja com os padrinhos, faz um jantar, uma festa temática, um dia de spa, um rolê conjunto com os dois noivos… o que importa é que tenha a cara de quem tá casando. 

Lá atrás, no Antigo Egito e na Grécia Antiga, os casamentos envolviam cerimônias regadas de banquetes que simbolizavam a união – não só dos noivos, mas também das famílias – e, muitas vezes, das divindades.

Nas religiões, a festa representava um momento sagrado de celebração da fertilidade, da união espiritual e da bênção divina. 

Com o passar dos séculos, as festas também ganharam peso político e social. Na Idade Média, os casamentos entre nobres vinham acompanhados de grandes banquetes e danças, usados para exibir poder e reforçar alianças — ou seja, quanto maior a festa, mais prestígio para a família.  

Hoje, as coisas mudaram. Ainda vemos festas luxuosas que duram dias, como na Índia — onde, dependendo da condição financeira, o casamento pode ter de 3 a 5 dias de celebração, com vários rituais sagrados para a cultura indiana.

Já aqui no Brasil, as festas de casamento eram simples e influenciadas pelo catolicismo e os costumes portugueses. A cerimônia religiosa era o foco – e às vezes, nem se tinha festa, e quando tinha, eram simples e mais familiares. 

Com o passar do tempo, a elite brasileira passou a adotar os costumes europeus, incluindo as festas após a cerimônia religiosa. Com baquetes, looks formais e muita música – dando um toque de brasilidade para esse momento!

A partir dos anos 50, os casamentos começaram a seguir um modelo bem tradicional: cerimônia na igreja, vestido branco, marcha nupcial, valsa e uma super festa no salão. Esse estilo ficou bem forte nas décadas seguintes, e virou o “padrão dos sonhos” pra muita gente. 

Já nos anos 90 e 2000, isso começou a mudar. A influência dos filmes, das revistas e da internet trouxe novas ideias. Os casamentos começaram a ficar mais personalizados, com bufês diferentes, vídeos estilosos e até festas com tema. Era o começo da era “casamento com a cara dos noivos”. 

De 2010 pra cá, essa personalização só cresceu. Os casais querem mesmo é viver uma experiência única — seja numa cerimônia pequena no quintal de casa, na praia, ou num sítio.

Muitos casais da geração Z, principalmente, têm optado apenas pelo casamento civil tendo suas recepções na balada, no pagode ou até mesmo no McDonald’s (sim, isso é possível)!

Além disso, essa geração transformou também o registro civil, fazendo dele um momento cheio de significado, com estilo, personalidade e estética própria.

E quanto aos vestidos?

De acordo com o relatório do Pinterest, os vestidos de noiva inspirados nos anos 90 prometem ser tendência em 2025. As buscas por esse estilo cresceram mais de 138% na plataforma.

Com cortes minimalistas, tecidos lisos, alças finas e silhuetas simples, esses modelos resgatam a elegância discreta da década, oferecendo um visual sofisticado e atemporal.

Além deles, os vestidos boho — com rendas delicadas, modelagens fluidas e detalhes artesanais — continuam em alta, conquistando noivas que buscam um estilo leve, romântico e com um toque de liberdade. Ambos os estilos trazem uma dose de nostalgia e têm encantado quem procura um casamento com personalidade e autenticidade.

Essa preferência por vestidos mais simples também é uma mudança no cenário dos casamentos que começou em 2010: a relevância das cerimônias civis e das celebrações mais intimistas cresceu significativamente.

Casamentos menores, cheios de significado e autenticidade, abriram espaço para vestidos que, mesmo com menos volume ou exuberância, são carregados de memória, história e afeto.

E se você vai casar em 2025, que tal dar uma olhada em vestidos que já foram amados e vivenciaram histórias antes da sua? É mais uma forma de carregar outras histórias de amor com você nesse momento!

Os noivos de hoje estão dizendo adeus ao terno básico e apostando em visuais que refletem estilo e autenticidade.

Smokings em tons como bordô, champanhe e verde-floresta com cortes impecáveis e tecidos que fogem do óbvio tem ganhado espaço, também de acordo com o Pinterest. 

A transmissão ao vivo da cerimônia se popularizou na pandemia, mas continua super em alta. Seja por link privado, live no Instagram ou com uma equipe profissional, a ideia é a mesma: permitir que pessoas queridas acompanhem esse momento, mesmo de longe. 

É uma forma acessível, inclusiva e cheia de emoção de viver (e reviver) o grande dia. A diferença é que, agora, a “sessão de cinema” pode ser em tempo real! 

Hoje, o casamento deixou de ser sobre seguir um modelo pronto e passou a ser sobre criar memórias com significado. Sejam grandes festas, cerimônias íntimas ou celebrações inusitadas, o importante é que tudo tenha a cara dos noivos — com amor, autenticidade e propósito. Afinal, mais do que tradições, o casamento é sobre celebrar uma história única: a de vocês.


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